domingo, 15 de agosto de 2010

1001 comidas para comer antes de morrer (sem sair do Rio de Janeiro) - parte II

Jabuticaba - foto do site http://whenawesomecalls.blogspot.com

Parece que está na moda! A matéria de capa da Veja Rio desta semana é "101 delícias cariocas: os principais chefs da cidade escolhem os pratos, petiscos e sobremesas que são a cara do Rio". Continuo aqui a minha lista, incluindo no tópico "Jabuticaba" a indicação do sorvete do Mil Frutas publicada nessa matéria.

11 - Jabuticaba

Seus frutos pequenos crescem diretamente no tronco da árvore. Têm casca negra e polpa branca aderida à única semente, e são consumidos principalmente in natura, ou na forma de geléia, suco, licor, aguardente, vinho e vinagre. É uma das árvores frutíferas mais cultivadas, desde o Brasil colônia, em pomares domésticos. A jabuticaba ode ser encontrada in natura em feiras e supermercados, e também na forma de geléia, sozinha ou misturada com amora-preta. O sorvete de jabuticaba do Mil Frutas, na Rua J.J. Seabra, no Jardim Botânico, foi indicação da Veja Rio desta semana.

12 - Manjubinha

A manjuba (Anchoviella lepidentostole), algumas vezes confundida com a piaba, é um pequeno peixe que habita as zonas mais superficiais dos oceanos tropicais. Atinge, no máximo, cerca de 12 cm de comprimento. No Rio de Janeiro, a manjubinha, passada inteira por farinha de trigo e frita, é tradicionalmente servida em botequins, acompanhada de cerveja bem gelada.

13 - Quinua

A quinua é um grão utilizado há milênios pelas culturas Andinas e é hoje reconhecida pelo seu alto valor nutritivo e funcional. Na tradicional cultura dos Incas era conhecida como "Alimento Sagrado" ou "Mãe de todos os grãos", e foi consumida durante séculos como base da alimentação diária. A quinua pode ser cozinhada como o arroz (duas partes de água para uma parte de grãos) e pode ser usada como base para saladas, ou simplesmente como acompanhamento das refeições. (fonte: embalagem de Quinua Real da marca Jasmine). Pode ser encontrada em qualquer loja de produtos naturais.

14 - Arroz preto

Redescoberto pela sua aparência exótica, este tipo de arroz é para ser consumido na forma integral, e possui aroma e sabor acastanhado, grãos muito macios após o cozimento, com excelentes qualidades nutricionais, se comparado aos tipos tradicionais. (do site http://www.arrozpreto.com.br). Pode ser encontrado em forma de salada em alguns restaurantes do Rio, ou cru em delicatessens, supermercados e lojas de produtos naturais.

15 - Castanha de Baru

A castanha de baru, quando torrada, tem sabor semelhante ao amendoim ou castanha de caju. Tem valor nutricional alto, e contém cerca de 26% de proteínas. Pode ser consumido inteiro ou para o preparo de receitas de doces típicos, como o pé-de-moleque e paçoquinha, ambos com rapadura, leite condensado e castanhas torradas. (fonte: http://www.slowfoodbrasil.com/). Na rede Hortifruti pode-se encontrar biscoitos de castanha de baru.

16 - Banana da Terra

A banana-da-terra é uma das 100 variedades de banana cultiváveis que existem na Terra. Atinge 30 centímetros de comprimento e 500 gramas. É achatada e, quando madura, tem a casca amarelo-escura com manchas pretas. A polpa, rosada e de textura compacta porém macia, é mais rica em amido do que em açúcar. O sabor adstringente da banana verde deve-se ao tanino. À medida que amadurece, a adstringência desaparece, embora o tanino continue presente na forma insolúvel. Mas a banana-da-terra continua adstringente por mais tempo, regredindo só quando a casca está quase preta. Nas bananas comuns também ocorre, com a maturação, a transformação do amido em açúcar. Tal fato não ocorre na mesma proporção com a banana-da-terra; por isso é só ligeiramente doce. Quando verde, pode ser cozida em pratos feitos com peixe ou carne. Fatiada fino, é ótima para fritar. Madura, pode ser usada como vegetal ou ingrediente de sobremesas. (fonte: portal Caras). Pode ser encontrada em feiras livres.

17 - Escarola

Por algum motivo que escapa à minha compreensão, esta verdura ligeiramente amarga, parecida com a chicória, é muito usada em pizzas. Foi conhecida e consumida pelos antigos egípcios, gregos e romanos. Tal como ocorreu com numerosas verduras e hortaliças, a escarola teve inicialmente uma utilização mais medicinal que culinária. Não obstante, na literatura egípcia, existem referências ao consumo desta verdura tanto cozida como crua em saladas. Pode ser encontrada em feiras e supermercados, e em algumas pizzarias do Rio de Janeiro (ex: Pizza Park).

18 - Mini-Berinjelas

A beringela é um legume muito apreciado pela sua beleza, bem como pelo seu sabor e textura única. As beringelas pertencem à família das plantas “Solanaceae”, e que são familiares do tomate, batata e pimentões.  beringela cresce de uma forma muito parecida com o tomate, pendurado a partir de uma planta que cresce a vários metros de altura. A mais popular variedade de beringela tem a forma de uma pêra oval, uma característica pela qual o seu nome é conhecido nos Estados Unidos (Eggplant). A pele é brilhante e de uma profundidade de cor púrpura, enquanto que a carne adquire uma consistência esponjosa. Contidas dentro da carne da beringela estão dispostas as sementes num padrão cônico. Para além da variedade roxa de beringela, também existem muitas outras variedades de cores, incluindo lavanda, verde jade, laranja, amarelo e branco, e de muitos outros tamanhos e formas, que vão desde um pequeno tomate a uma grande abobrinha. (fonte: www.alimentacaosaudavel.org). A mini-beringela pelo seu tamanho menor, presta-se à confecção de conservas e antepastos. Pode ser encontrada em feiras-livres e mercados.

19 - Açaí

A forma tradicional na Amazônia de tomar o açaí é gelado com farinha de mandioca ou tapioca. Há quem prefira fazer um pirão com farinha e comer com peixe assado ou camarão e mesmo os que preferem o suco com açúcar (ainda assim, bem mais grosso que qualquer suco servido no sudeste).  Nas demais regiões do Brasil, o açaí é preparado da polpa congelada batida com xarope de guaraná,  gerando uma pasta parecida com um sorvete, ocasionalmente adicionando frutas e cereais, o que não é bem visto pelos habitantes da região Norte, que encaram a mistura como um desperdício de açaí . Conhecido como açaí na tigela, é um alimento muito apreciado por frequentadores de academias e desportistas (fonte: wikipedia). Cuidado: é uma fonte de calorias sem igual! Meio copo de açaí misturado com xarope de guarané e banana fornece mais de 400 calorias. Pode ser encontrado em casas de suco e supermercados.

20 - Noz de Macadâmia
 
Único alimento nativo da Austrália conhecido internacionalmente, a noz macadâmia é empregada na fabricação de sorvetes, barras de chocolate e biscoitos e para dar um toque especial a sobremesas e a pratos salgados, como risotos e saladas. Também costuma ser servida como aperitivo, torrada, salgada ou caramelizada. Assim como outras amêndoas, é rica em ácidos graxos, antioxidantes que retardam o envelhecimento e protegem o sistema cardiovascular. (fonte: Folha online). Pode ser facilmente encontrada salgada e torrada, e em forma de sorvete, em supermercados, lojas de produtos naturais e sorveterias.

domingo, 8 de agosto de 2010

1001 comidas para comer antes de morrer (sem sair do Rio de Janeiro) - parte I

Physalis. Foto: wikipedia

No meu aniversário uma amiga, Mme C, deu-me um interessante livro, "1001 Comidas para Provar antes de Morrer", que me lembrou que muita gente passa por esta vida sem nem mesmo experimentar os alimentos disponíveis no próprio local onde mora. Por isso, vou começar uma lista de alimentos exóticos, ou nem tão exóticos mas pouco conhecidos ou pouco apreciados, que podem ser comprados nas feiras, supermercados, restaurantes e lojinhas do Rio de Janeiro.

Por favor, meus 26 fiéis seguidores, mandem sugestões!

Seguem os 10 primeiros:

1 - Physalis

Esta frutinha originária da Amazônia e dos Andes, é comum no Nordeste do Brasil, onde é conhecida como Camapu. Rica em antioxidantes e cheia de propriedades medicinais, o sabor desta fruta lembra um pouco o tomate-cereja, mas mais doce e frutado. Pode ser encontrada no Hortifruti e supermercados.

2 - Capuchinha

Fica linda enfeitando saladas verdes ou maionese de lagosta ou de camarão. O sabor desta flor comestível é levemente pícante, lembrando um pouco o do agrião. Os caules e folhas também têm propriedades medicinais. Pode ser encontrada em feiras livres.

3 - Bottarga

Também conhecido como o caviar do Mediterrêneo, as ovas de tainha salgadas e secas ao sol têm sabor forte de peixe e são deliciosas temperando saladas e molhos, ou simplesmente com torradas. No Brasil são produzidas em Santa Catarina, e podem ser encontradas em pratos típicos italianos ou vendidas separadamente em alguns restaurantes do Rio de Janeiro.

4 - Dobradinha

É a parede do estômago da vaca. Esta carne de textura e sabor inconfundíveis normalmente é servida com feijão branco, lombo e paio, acompanhada de arroz branco.

5 - Coalhada

Este parente do iogurte típico do interior do Brasil tem sabor menos menos ácido e as mesmas propriedades que o iogurte, ou seja, tem o cálcio e proteínas do leite, mas é de mais fácil digestão, por seu menor teor de lactose. Tem gostinho de coisa da fazenda, principalmente se for adoçada com mel.

6 - Queijo da Canastra

O queijo Canastra é um tipo de queijo brasileiro, originário da Serra da Canastra, onde nasce o Rio São Francisco, em Minas Gerais. De fabricação artesanal é um tipo de queijo minas curado. É produzido com o leite de vaca, tendo sabor diferenciado, obtido a partir dos pingos de água (soro) que escorrem do queijo ressecado com sal grosso, que são misturados ao leite da produção seguinte. Essa combinação dá sabor, textura e aroma a esse queijo. Pode ser encontrado em lindas embalagens de madeira, em supermercados e lojas de laticínios.

7 - Trilha

Esse delicioso e lindo peixinho cor de rosa pode ser encontrado nos mercados de peixe durante boa parte do ano. O seu sabor lembra o de camarão e outros crustáceos de que ele se alimenta. Fica uma delícia simplesmente frito ou grelhado na churrasqueira. O sabor delicado dispensa acompanhamentos elaborados, pode ser servido simplesmente com arroz branco e uma salada de alface e tomate.

8 - Flor de abóbora

Muito apreciada em todo a região  do Mediterrâneo, pode ser encontrada nas feiras-livres do Rio. Pode ser usada ligeiramente passada na manteiga, como recheio de omeletes, ou recheada de queijo e empanada. O sabor lembra o da própria abóbora mas é muito mais delicado.

9 - Taioba

Parece mais uma planta ornamental do que comestível. Cultivada há milhares de anos na China e no Egito, a taioba se parece com a couve, mas tem folhas maiores, mais largas e mais vistosas. A folha tem mais vitamina A do que a cenoura, o brócolis ou o espinafre. O preparo é simples. A taioba pode ser tratada como a couve: lavada, picadinha e refogada com cebola, torna-se um excelente acompanhamento para o almoço ou o jantar.

10 - Couve-flor roxa

A couve-flor é uma hortaliça do tipo inflorescência (conjunto de flores), cuja textura delicada e tenra exige cuidado e atenção na sua preparação. É rica nos minerais cálcio e fósforo, contém quantidades apreciáveis de vitamina C. A variedade roxa fica linda se for cozida no vapor, temperada somente com sal e azeite.


Salada enfeitada com Capuchinha (foto minha)

A maioria das informações é da wikipédia e do livro "1001 comidas para provar antes de morrer" de Frances Case. Os locais onde podem ser encontrados os alimentos são da minha própria experiência.

domingo, 1 de agosto de 2010

O Pequeno Nicolau

O Pequeno Nicolau - Desenho de Goscinny

Se você foi privado na infância ou adolescência de ler as aventuras do Pequeno Nicolau, fique sabendo que ainda há tempo para corrigir essa terrível deficiência. Corra para a livraria mais próxima e garanta os seus, antes que as pessoas que viram o filme esgotem todos os exemplares.
Brincadeiras à parte, os vários episódios do Pequeno Nicolau são daqueles livros para crianças que têm vários níveis de significado, e enriquecem as nossas vidas para sempre, nada perdendo, ao contrário, ao serem relidos mais tarde. Se você tem filhos, é uma excelente iniciação à leitura, com textos curtos e ilustrados. O filme foi uma grata surpresa para mim, e dei boas gargalhadas ao reencontrar o humor aparentemente ingênuo dessa turma de pequenos bagunceiros franceses. Não perca os livros nem o filme!