terça-feira, 25 de outubro de 2011

Rocambole de Laranja

Foto: Blackberry (por isso está assim, um pouco fora de foco)

Quando estou à toa não costumo ter idéias brilhantes nem criar obras-primas, mas este rocambole que encontrei num livrinho de receitas do açúcar União foi uma grande descoberta:

Ingredientes:
8 ovos
1 xícara (chá) de suco de laranja
1 colher (sopa) de raspas de laranja
3 xícaras (chá) de açúcar (500g)
2 colheres (chá) de farinha de trigo
2 colheres (sopa) de manteiga ou margarina derretida
açúcar granulado

Preparação:
Junte os ovos, o suco e as raspas de laranja e passe pela peneira duas vezes. Acrescente o açúcar, a farinha e a manteiga. Coloque em uma assadeira untada e forrada com papel manteiga também untado. Asse em forno preaquecido por cerca de 30 minutos.
Desenforme sobre um pano úmido polvilhado com o açúcar granulado e  enrole formando um rocambole. Mantenha enrolado até esfriar. Passe para o prato de servir, polvilhe com mais um pouco de açúcar granulado e sirva gelado.

Eu usei uma forma de cerca de 22 por 34 centímetros, e enrolei no sentido do lado maior da forma, ou seja, o rocambole ficou com 22 centímetros de comprimento.

Fonte: Livro de receitas "Doces Segredos e Carinhos", do açúcar União

Ficou igualzinho ao servido no Zazariba, Da Silva e outros restaurantes chiques do centro do Rio


quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Vai bugiar!

Farol do Bugio - foto por catpochi no Panoramio

Quando éramos pequenos e arreliávamos demasiado a nossa mãe, às vezes ela mandáva-nos "bugiar". Li em algum lugar (Dr. Google, I presume) que bugio é um tipo de macaco e que essa expressão é mais ou menos equivalente a mandar alguém pentear macacos, e que já era usada por Gil Vicente no século XVI: "Vai, vai, Joana, bugiar, não andes com o alpavardo". Ignorante como eu era (e ainda sou), imaginava que o que e minha mãe queria era mandar-nos fazer alguma tarefa no para mim longínquo farol do Bugio, que avistávamos de vez em quando na foz do rio Tejo. Como o farol era para mim tão distante e inatingível, essa tarefa iria demorar muito, e talvez nos perdêssemos pelo caminho, deixando assim de amofinar a paciência da nossa mãe por um bom tempo.
Esse aparentemente pequeno farol fica no único banco de areia que fica sempre acima da linha das marés na foz do Tejo, dentro de uma fortaleza de contorno circular, parecendo uma vela no seu castiçal, daí o nome Bugio (de bougie, vela em francês). Inicialmente foi construído sobre fundações de madeira sustentadas por pedras, e foi destruído e reconstruído várias vezes ao longo do tempo, uma delas por ocasião do grande terremoto de 1755. Foi usado durante séculos para defesa de Lisboa, e hoje em dia ainda tem a função de auxílio à navegação.
Por que resolvi escrever isto? Porque de repente lembrei-me desse farol e dessa expressão, tão íntimos para mim. Não sei se foi ao avistar o farol quando fui a Lisboa, ou se foi apenas na minha imaginação, mas foi uma impressão forte e agradável, como uma das recordações de Agatha Christie, que me veio de repente e não saiu mais da minha cabeça, e por isso resolvi depositá-la aqui.

domingo, 28 de agosto de 2011

Rabada com Agrião


Conforme prometi nos primórdios deste blog, segue aqui a receita da rabada com agrião, um suculento prato que, ao que me consta, faz parte da mais legítima tradição brasileira.
Ingredientes:
6 pedaços de rabo de boi,
1 cebola grande picada,
2 dentes de alho picado,
2-3 tomates sem pele nem sementes,
3 batatas,
1 molho de agrião (eu costumo tirar os talos maiores)

Preparação:
Retire o máximo que puder da gordura da carne. Na panela de pressão, frite a carne com um pouquinho de óleo, junte a cebola e o alho, sal, deixe refogar, junte o tomate, um golpe de vinagre e água suficiente para fazer o caldo sem cobrir totalmente a carne. Feche a panela de pressão e deixe cozinhar por cerca de quarenta minutos. Abra a panela de pressão e verifique se a carne está cozida. Se estiver, junte as batatas e deixe cozinhar. Quando as batatas estiverem prontas, junte o agrião e deixe cozinhar por mais alguns minutos. Tempere com pimenta do reino moída na hora e sirva com arroz branco e/ou polenta.

Dica:
Antes de juntar as batatas, retire com uma colher o excesso de gordura que fica na superfície do caldo (por mais que você se esforce, sempre fica muita gordura agarrada na carne)

domingo, 15 de maio de 2011

Mais uma Corrida e Caminhada pela Saúde


Este ano a Corrida e Caminhada Contra o Câncer de Mama no Rio de Janeiro vai ser no domingo, 22 de maio, no Aterro do Flamengo. Mesmo quem não se inscreveu deve ir até lá para aproveitar a festa, divertir-se e informar-se.

Repito aqui as "dicas" que publiquei no ano passado, e que servem para qualquer corrida de rua:

  • Não se esqueça de levar boné, óculos de sol e de passar protetor solar antes de sair de casa! O protetor solar é importante para a sua saúde e para evitar as marcas ridículas da bermuda e da camiseta!
  • Tome um café da manhã leve, mas não vá em jejum. Comer alguma coisa é importante para ativar o metabolismo e aproveitar melhor os benefícios da caminhada ou corrida.
  • Ao longo do percurso há alguns pontos de hidratação. Pegue sempre um copinho e beba pelo menos um gole de água. Se estiver muito calor, jogue o restante da água na sua cabeça, pescoço e pulsos, para se refrescar.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Salmão Tártaro

Umberto Eco: Como viajar com um salmão

Para quem, ao contrário de Umberto Eco, prefere comer o salmão a viajar na sua companhia, segue uma receita, inspirada no Saumon Tartare da Casa da Suiça:

cebola
mostarda
hortelã
salsa
molho inglês ou shoyu
gema de ovo
salmão
tabasco
pimenta do reino
alcaparras
azeite

Pique bem a cebola e ponha-a a marinar na mostarda. Pique o salmão em cubinhos de cerca de 0,5x0,5x0,5cm. Pique bem as ervas e alcaparras (lavadas) e junte à marinada. Misture com o salmão e os outros temperos. Use a gema e o azeite para ligar tudo. Corrija o sal. Sirva em barquinhos de cebola, folhas de endívia,  trouxinhas de alface ou em forma de peixinho, como na foto abaixo:

Foto do site recettessimple.fr


PS: Como Lavar Alcaparras
Esta é uma técnica fundamental para retirar o excesso de sal e o gosto de terebintina que às vezes vêm nas alcaparras: esprema bem um punhado de alcaparras na sua mão direita; com a mão esquerda regue a sua mão direita com água filtrada e gelada, enquanto afrouxa os dedos, deixando as alcaparras absorverem um pouco da água, como esponjas. Aperte novamente as alcaparras para retirar o excesso de água. Não repita o processo. Se for canhoto, pode inverter as mãos, não faz mal.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Livros e Gadgets

Le Livre Ouvert - Juan Gris


Tempos atrás o Sr. C. me emprestou um "leitor digital", o Kindle, para fazer um "test drive". Eu testei-o com um interessante conto de Kurt Vonnegut, do qual infelizmente não me lembro do nome. Era ambientado num futuro hipotético em que os acidentes e doenças tinham sido quase completamente eliminados, então para ter filhos as pessoas precisavam que alguém se entregasse voluntariamente para ser morto. A mulher do protagonista do conto estava grávida, e por isso o avô dele tinha se oferecido em sacrifício, mas logo desgraçadamente descobriu-se que eram gêmeos, então ou mais alguém teria que se sacrificar ou um dos bebês teria que ser selecionado para viver e o outro para morrer... Se alguém conhecer este conto, por favor poste o nome.
O conto era excelente, como tudo ou quase tudo que Kurt Vonnegut escreveu, e o Kindle foi uma surpresa das mais agradáveis, principalmente para quem, como eu, gosta de ler na cama: ele é bem mais fácil de manipular do que um livro de carne e osso, ou melhor, de papel e cartolina. É leve, basta um toque para virar as páginas, tem marcador de livros embutido, que não tem perigo de se perder se você cochilar enquanto lê. O tipo de letra que ele usa (não sei se tem várias opções) é muito bonito e agradável. O fato de não emitir luz, faz com que seja uma experiência muito diferente de "ler no computador". E ainda pode carregar um ou mais dicionários na memória, o que é bem mais fácil do que levantar-se da cama para procurar alguma palavra no dicionário ou tentar lembrar-se dela no dia seguinte de manhã. Ainda não dispensei os meus livros de papel nem os enormes dicionários que adoro consultar, mas com certeza ainda vou ter um Kindle ou o seu sucessor. Mas, como disse Umberto Eco, "o livro como objeto não vai desaparecer, é insuperável, tal qual a roda ou o martelo: você pode levá-lo para sua banheira sem ter medo de morrer eletrocutado; pode ler numa ilha deserta, enquanto o pobre Robinson Crusoé não saberia o que fazer com as baterias descarregadas de um e-book. Este livro em papel sobrevive mesmo que o deixemos cair do 5º andar de um prédio, mas tente fazer o mesmo com um livro eletrônico!"

domingo, 2 de janeiro de 2011

Feliz Ano Novo!


A minha principal promessa para 2011 é jogar menos Farmville e escrever mais neste blog. Por favor, ajudem-me com sugestões, críticas e comentários! Viva 2011!!!!