sábado, 27 de fevereiro de 2021

Pequenas gentilezas

Saul Steinberg, 1970


Estamos todos cansados de doenças, mortes, e também de teorias da conspiração, que seriam até engraçadas se não levassem a resultados tétricos. O homem que se explodiu em Nashville (EUA) no Natal do ano passado acreditava em alienígenas reptilianos que assumiam forma humana para se infiltrar entre nós, teoria que talvez tenha levado aos jacarés da vacina.
Pequenos gestos de gentileza, por outro lado, mesmo sem maiores impactos na situação do planeta, trazem alívio e conforto. Tenho procurado ser mais gentil com as pessoas, o que me faz muito bem.  Tenho também presenciado muitos gestos de gentileza que me surpreenderam e aqueceram o coração. Espero com isto inspirar alguém, mesmo que seja a mim mesma, a tentar praticar um pequeno gesto de gentileza todos os dias. Segue a minha lista, pequenina e incompleta:
  • A empregada do mercado escolhendo limões para entrega na casa de algum perfeito estranho, com todo o cuidado, como se fossem para ela;
  • O morador de rua que cumprimenta meu marido todas as manhãs;
  • O entregador que se ofereceu para levar as minhas compras no carrinho dele;
  • O colega que guardou a minha bicicleta, alugada, que eu tinha deixado solta porque não havia lugar vago para ela;
  • Pessoas que seguram a porta, pedem desculpas quando esbarram em você, abrem passagem no corredor do supermercado;
  • Pessoas que conseguem sorrir com os olhos, para compensar a máscara.