sábado, 8 de janeiro de 2011

Livros e Gadgets

Le Livre Ouvert - Juan Gris


Tempos atrás o Sr. C. me emprestou um "leitor digital", o Kindle, para fazer um "test drive". Eu testei-o com um interessante conto de Kurt Vonnegut, do qual infelizmente não me lembro do nome. Era ambientado num futuro hipotético em que os acidentes e doenças tinham sido quase completamente eliminados, então para ter filhos as pessoas precisavam que alguém se entregasse voluntariamente para ser morto. A mulher do protagonista do conto estava grávida, e por isso o avô dele tinha se oferecido em sacrifício, mas logo desgraçadamente descobriu-se que eram gêmeos, então ou mais alguém teria que se sacrificar ou um dos bebês teria que ser selecionado para viver e o outro para morrer... Se alguém conhecer este conto, por favor poste o nome.
O conto era excelente, como tudo ou quase tudo que Kurt Vonnegut escreveu, e o Kindle foi uma surpresa das mais agradáveis, principalmente para quem, como eu, gosta de ler na cama: ele é bem mais fácil de manipular do que um livro de carne e osso, ou melhor, de papel e cartolina. É leve, basta um toque para virar as páginas, tem marcador de livros embutido, que não tem perigo de se perder se você cochilar enquanto lê. O tipo de letra que ele usa (não sei se tem várias opções) é muito bonito e agradável. O fato de não emitir luz, faz com que seja uma experiência muito diferente de "ler no computador". E ainda pode carregar um ou mais dicionários na memória, o que é bem mais fácil do que levantar-se da cama para procurar alguma palavra no dicionário ou tentar lembrar-se dela no dia seguinte de manhã. Ainda não dispensei os meus livros de papel nem os enormes dicionários que adoro consultar, mas com certeza ainda vou ter um Kindle ou o seu sucessor. Mas, como disse Umberto Eco, "o livro como objeto não vai desaparecer, é insuperável, tal qual a roda ou o martelo: você pode levá-lo para sua banheira sem ter medo de morrer eletrocutado; pode ler numa ilha deserta, enquanto o pobre Robinson Crusoé não saberia o que fazer com as baterias descarregadas de um e-book. Este livro em papel sobrevive mesmo que o deixemos cair do 5º andar de um prédio, mas tente fazer o mesmo com um livro eletrônico!"

5 comentários:

  1. Oi Filipa, quanto tempo! Tinha perdido o endereco do blog.
    Bom saber a respeito do Kindle. Estou no dilema de adquirir ou nao um deles. Leio muito no onibus para o trabalho (nao da para ler em casa devido a idade das criancas) e as vezes o peso do livo e um problema. Em breve vou te mandar o endereco do blog de gastronomia da minha cunhada. Bj.pp

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  2. Paulinho, ainda não testei o i-pad, mas como ele emite luz, acho que não deve ser tão confortável como o kindle. Eu realmente ainda não me animei a comprar um pq não tenho viajado para o exterior e os preços aqui no Brasil são abusivos. Adorei o blog da sua cunhada. Mas ela é super-Pro! Eu já conhecia alguns produtos do Bazzar, mas não sabia do restaurante. Obrigada pela dica! www.bazzar.com.br/viaje

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  3. Ela e Pro sim. Mas adora o assunto, faz com gosto, e e um doce. Bj.

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