domingo, 13 de dezembro de 2009

Salvem as Bromélias!


(Imagem do Wikimedia Commons)

Hoje fui visitar o meu querido Jardim Botânico, que estava lindo neste fim de primavera, depois das chuvas da semana passada. Fui surpreendida por mais uma chuvarada e tive que compar uma capa na lojinha do Jardim. (Dica: eles vendem capas de chuva por R$6,00 - ótimas para evitar que a chuva estrague o passeio).

Aproveitei para visitar a exposição de bromélias, que acabou hoje, e conhecer um pouco mais sobre estas curiosas plantas:

Você sabia que a cor avermelhada da parte de baixo das folhas de muitas bromélias é uma adaptação à falta de luz nas florestas tropicais? As copas das árvores absorvem preferencialmente a luz verde, e a pouca luz que chega ao solo onde vivem essas bromélias é mais avermelhada, sendo então melhor absorvida pelas folhas de cor vermelha.

Os organizadores da exposição aproveitaram a ocasião para fazer um apelo contra a destruição das pobres bromélias por causa da dengue:

“Bromélias e Dengue”
Texto divulgado na exposição de bromélias do Jardim Botânico do Rio de Janeiro

Muito se falou e grandes excessos foram cometidos ao se associarem as bromélias à dengue. Em casos extremos, ocorreu o extermínio de bromélias em jardins e ambientes naturais, como se o mal estivesse nas plantas, e não no inseto.

Nunca foi comprovada a relação direta entre o Aedes aegypti e as bromélias, uma vez que estas são naturais das Américas e o Aedes aegypti é um inseto exótico, proveniente da África.

Sabemos que o Aedes aegypti se multiplica em locais com água parada. Entretanto, pesquisas desenvolvidas sobre a proliferação dele nas broméllias das coleções do Instituto de Pesquisas do Jardim Botânico do Rio de Janeiro revelaram um percentual muito pequeno de incidência de larvas desse mosquito.

O mosquito Aedes aegypti só utiliza a água das bromélias em raras ocasiões, geralmente quando há focos próximos ao seu cultivo. A água com sedimentos orgânicos ou com matéria em suspensão, como a encontrada em tanques de bromélias em condições naturais, é evitada palo mosquito, que tem preferência por recipientes artificiais e com água limpa, como garrafas, latas, vasos de plantas com pratos, pneus, etc. O importante é eliminar os nichos de reprodução próximos às bromélias.

Conclui-se que não é eliminando as bromélias que vamos erradicar o mosquito-vetor, e, sim, com uma vigilância permanente dos órgãos competentes e a contribuição da população, tomando cuidado em não deixar água acumulada em locais propícios à proliferação do Aedes aegypti.

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