domingo, 18 de outubro de 2009

The Family of Man


The Family of Man (A Família do Homem) foi uma exposição de fotografias montada por Edward J. Steichen em 1955 para o Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA). Ao mesmo tempo que oferecia uma infinita diversidade de imagens de seres humanos dos anos 50, enfatizava que todos pertencem a uma mesma grande família. Os 32 temas, ordenados cronologicamente, refletiam as alegrias e tristezas das pessoas, a suas insatisfações e infelicidades, a sua aspiração por paz, mas também a realidade sangrenta da guerra. Enfatizava também o papel da democracia e, na conclusão da exposição, o papel das Nações Unidas como a única instituição capaz de salvar o mundo da "devastação da guerra, que trouxe duas vezes (na primeira metade do século XX)  indescritível sofrimento à humanidade, e reafirma a fé nos direitos humanos fundamentais, na dignidade e valor do ser humano, nos direitos iguais dos homens e mulheres, e das pequenas e grandes nações" (Carta das Nações Unidas).


Vista como "o maior empreendimento fotográfico já realizado", a exposição consistiu em 503 fotografias tiradas por 273 fotógrafos, profissionais e amadores, conhecidos e anônimos, de 68 países. Um empreendimento enorme, de dimensões culturais e artísticas únicas, teve considerável influência sobre outras exposições, despertou o interesse do público na fotografia e a sua tremenda capacidade de comunicação, e passou uma mensagem pessoal, humanista, corajosa e provocadora.


Embora "A Família do Homem" tenha se tornado uma lenda na história da fotografia, foi muito além do que uma exposição pode ser. Pode ser vista como a memória de uma época inteira, da Guerra Fria e do Macartismo, na qual as esperanças e aspirações de milhões de homens e mulheres eram centradas na paz.
O empreendimento de Steichen ainda é único. Várias exposições de fotografias foram de uma forma ou de outra inspiradas nele, como A Família das Crianças e a Família da Mulher, de Jerry Mansom e a Primeira Exposição Mundial de Fotografia, organizada por Karl Pawek nos anos 60 para a revista Stern, mas nenhuma delas igualou a dimensão visual ou a coerência artística da exposição original.
A abordagem pessoal de Steichen desperta interesse e desafia a curiosidade até hoje: houve uma nova onda de interesse na exposição depois da inauguração do Museu de Clervaux. Desde junho de 1994 o museu já recebeu mais de 163.000 visitantes do mundo todo, sem contar com os 50.000 que foram ver a coleção restaurada em Toulouse, Tokio e Hiroshima em 1992 e no inverno de 1993, 38 anos depois da primeira tournée. Essa foi a última viagem ao redor do mundo da exposição, antes de ser permanentemente instalada no museu.


Traduzido do Portal da UNESCO:   http://portal.unesco.org/ . A UNESCO declarou esta exposição "Memória da Humanidade" em 2003. A exposição encontra-se hoje em dia no museu "The Family of Man" em Clervaux, Luxemburgo, e pode ser visitada virtualmente através do link: http://www.family-of-man.public.lu/visite-virtuelle/index.html

2 comentários:

  1. Oi Filipa,
    eu não sei como voce acha essas coisas, mas de qualquer forma muito obrigado pelas dicas......

    Em tempo, o blog da Martinha é da Martinha???

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  2. Os meus pais tinham dois exemplares do livro da exposição, e eu sempre adorei as fotos. Quando eu pensei em escrever alguma coisa sobre isso e pesquisei na internet, descobri que tinha sido considerada memória da humanidade fiquei supercontente e resolvi traduzir o texto da Unesco, eu não ia mesmo conseguir escrever nada melhor.

    Não, a Martinha é uma menina portuguesa que recebeu transplante de medula e se curou de leucemia. Eu comentei no post de setembro sobre transplante de medula.

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